Agora, a menina pálida que no corpo tinha linhas onduladas, na
cabeça cabelos negros e bem penteados, e na face rosadas bochechas e olhos
baixos, encontrava-se em um velório, e sentada num banco chorava sozinha. Deus,
como aquela menina berrava melancolicamente. Chorava por alguém que morreu, mas
quem seria?
Como quem
move uma marionete, a movi, que curiosa, com passos suspeitos chegou perto do
caixão preto, e já com receio de olhar, mas com muita curiosidade viu um corpo cheio
de flores. Chegando mais perto tapou a boca contendo um grito. Assustou-se,
porque simplesmente, o corpo era dela. Agora não chorava por alguém, chorava
por não querer se desfazer da vida. Soube disso quando acordei, a menina era
eu.
Foto: Ao lado da Morte Voluptuosa - Salvador Dali
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