segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Visita


 Desculpem-me, mas hoje não se trata de um devaneio, trata-se de uma verdade.
 Um compromisso torna-se absolutamente irreal e tolo, se o sentimento não for recíproco.
- Até quando terei que fingir? Proibido. Até que ponto é certo ou errado? Mentindo para todos, tentando enganar, esconder – que belo falso, tornei-me -.
 Críticas? Mas são as minhas ideologias, meus pensamentos. Não busco o agrado, pelo contrário, busco a verdade pura – a minha percepção; meu ponto de vista -. De vários ângulos posso entender o que muito analisei, o que muito ela tenta negar. O texto é uma fechadura a ser aberta. Para alguns, basta a chave. Enquanto para outros, olho na fechadura. E, diga-se de passagem, pouco me importa a sua prosa, seus versos, suas análises. FALSAS. Assim, como também não busco o entendimento real de todos.  Busco o entendimento do bom, caracterizado pelo autor como essencial, entretanto, não onisciente, e por isso da explicação anterior.
- Doutor, estou maluca? Afundo-me diariamente neste mistério, sem conseguir desviar-me. Pergunto-me: Quem, quem é que ainda esta ao meu lado, que ainda me apoia?
 Você, ele, elas, TODOS me abandonaram. A ovelha desgarrada, agora quer cair do céu. Permitam-me pedir perdão pela decepção, mas ultimamente tenho feito com um enorme prazer. E por quê? Ora, me responda você, mas primeiramente responda:
 - Por que seguir um padrão, se nem a vida o tem?
 Pouco me importa se a sociedade impôs, ESCARRO! Faço-o também, em todos vocês. E quanto a essa falsidade que tenta englobar de qualquer maneira um relacionamento, assim como fruto e casca, pode enganar aos outros, não a mim.
T. T. T
 O barulho da sua colher me incomoda, e não consigo ficar quieto nessa poltrona.
- Doutor? Dó menor, tudo acabou!
 Sangue, sangue e mais sangue em minhas mãos.


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