sábado, 29 de setembro de 2012

As linhas do amor


 Entre as linhas dos meus textos, tropeço em meus sentimentos. Até poderia mentir, segurando-me nos pontos e tomando cuidado com as vírgulas indecisas que você deixou em mim. Mas eu sei, seria desnecessário tentar. E nem é preciso, pois antes, sei que ironicamente ofusquei, e talvez, agora seja tarde demais para correr atrás de pontos mal colocados. Mas é justo que eu desista, quando você me ensinou a insistir?
  Na nossa história de desencontros e ironias, qualquer hipérbole me chamaria a atenção. Mesmo sabendo que por ser hipérboles, e saindo da sua boca, seriam falsas. Afinal de contas, de um meio-termo; meio-verso, não se espera muito das palavras, muito menos de exageros sentimentais.
 E esperar algo das suas ironias, não pode significar outra coisa, senão o fato de eu não ter desistido. Porque afinal de contas, as vírgulas que você colocou não são pontos finais. E essa história ainda não acabou.

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